Na manhã desta segunda-feira, 18 de Outubro, data em que é comemorado o Dia do Médico, o médico cardiologista e intensivista, Dr. Luiz Flávio Prado, representando o Hospital de Cirurgia, onde atua como Chefe da Cardiologia, foi homenageado pelo Sindicato dos Médicos de Sergipe (SINDIMED-SE) com a Comenda “Glória Tereza Lima Barreto Lopes”.
A homenagem foi concedida a profissionais da medicina de todo o Estado que se destacaram ao longo dos últimos dois anos no enfrentamento à pandemia de Covid-19 em Sergipe.
Para Dr. Luiz Flávio, a honraria representa um momento que, apesar de difícil para todos, demonstra a força e o papel dessa profissão para toda a sociedade. “É uma homenagem que esperávamos não precisar receber nunca, porque ninguém queria ter passado por isso, mas é um reconhecimento merecido para todos”, afirma o médico.
Além disso, o médico acredita que poder representar toda a equipe médica do Hospital de Cirurgia é uma oportunidade de demonstrar o esforço que vem sendo realizado para garantir a prestação de um atendimento diferencial e de um serviço de qualidade a toda a população sergipana.
“É um orgulho muito grande, porque isso coroa todo o trabalho que foi feito para revitalizar nossa Unidade de Terapia Intensiva. Em 2018, por exemplo, ninguém poderia imaginar que o Cirurgia fosse capaz de dar a resposta que deu, resultado de toda a reestruturação após a Intervenção. Agradeço em nome de Márcia Guimarães, nossa Interventora, em nome de Rilton Morais, nosso Diretor Técnico, e de toda a Direção”, declara Luiz Flávio.
Nesse sentido, o médico destaca o papel da instituição na assistência aos pacientes da rede pública durante a pandemia, que ofereceu o maior número de leitos de UTI Covid pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado, totalmente gerenciados por médicos especialistas. “100% dos pacientes Covid-19 foram tratados por especialistas em terapia intensiva. Foram pacientes do SUS cuidados com a melhor medicina intensiva que o estado tem, e não é à toa que nosso resultado foi tão bom: foram mais de 1000 pacientes, e 70% deles puderam ser salvos”, acrescenta Dr. Luiz Flávio.
Esse resultado positivo também foi reforçado por João Augusto Alves de Oliveira, Secretário Geral do SINDIMED-SE, motivo pelo qual o Hospital recebe essa homenagem. “O Cirurgia é uma instituição que representa um grande marco histórico no nosso estado, para toda a sociedade, e não podemos deixar isso de lado. Eu, enquanto estudante, já passei por lá também. Hoje em dia, o Hospital presta um enorme serviço, e muito mais consolidado, para a sociedade sergipana. Ele é um grande pilar sem o qual o SUS não poderia viver”, afirma o Secretário.
Ademais, João Augusto justifica a escolha de Luiz Flávio para representar a equipe médica da instituição na ocasião. “Ele é um médico que abraça a boa medicina para a sociedade. Acompanhamos muito a atuação dele, desde o âmbito da cardiologia e da UTI, e, mais recentemente, no combate à Covid, que foi muito bem prestado. A dedicação enorme que ele teve ajudou a salvar algumas das vidas que nós, enquanto médicos, pudemos salvar nesse período”, acrescenta.
Contudo, Luiz Flávio esclarece que esse resultado não poderia ser atingido sem o esforço conjunto de toda a equipe do Hospital de Cirurgia. “Essa é uma homenagem do Dia dos Médicos, mas que simboliza o trabalho desde os funcionários da portaria, da limpeza, até a direção do Hospital, porque não dá para fazer o que foi feito lá sozinho; os médicos não trabalham sozinhos. Eu tenho muito orgulho de ter participado dessa história. É uma história que traz um peso muito grande para a minha vida pessoal e profissional”, considera o médico.
Glória Tereza Lima Barreto Lopes
A Comenda carrega o nome de Glória Tereza Lima Barreto Lopes, médica pediatra que fez parte da história do SINDIMED-SE e da medicina sergipana. Infelizmente, a médica veio a falecer por complicações da Covid-19 em abril deste ano. Para Luiz Flávio, isso traz um peso ainda maior à homenagem. “É uma honra muito grande receber essa Comenda, sobretudo pelo nome que ela traz. Eu tive a honra de cuidar de Dra. Glória nos últimos dias de vida, então, para mim, é muito simbólico e significativo”, conclui o médico.
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