Desde março deste ano, Cirurgia oferece serviço que busca dar mais qualidade de vida a pacientes oncológicos
Como forma de chamar atenção sobre a importância dos Cuidados Paliativos em pacientes em estágio avançado de câncer, o Hospital de Cirurgia realizou, nesta última terça-feira, 13 de outubro, uma ação de acolhimento – momento musical e entrega de rosas brancas – no Ambulatório de Oncologia, em alusão ao Dia Mundial de Cuidados Paliativos, celebrado no dia 10 de outubro, que neste ano tem como tema “Meu Cuidado. Meu Conforto”.
Desde março de 2020, o Ambulatório de Oncologia do Cirurgia oferece os serviços de Cuidados Paliativos como forma de dar mais qualidade de vida aos pacientes oncológicos assistidos pelo Hospital, que precisam de conforto físico, psicológico, espiritual e social durante o tratamento, bem como dar apoio aos familiares.
Médica paliativista do Cirurgia, a Drª Paula Conceição reforça a importância dos Cuidados Paliativos, que, inclusive, faz o paciente ressignificar a vida – enxergá-la de maneira diferente, com outro significado, diante de algum fato, sobretudo, negativo.
“Os Cuidados Paliativos estimula a vida, tenta englobar múltiplas dimensões de cuidado. Trata-se de um tratamento muito direcionado para o paciente, onde não controlamos somente os sintomas físicos, mas também os sintomas psicológicos, relacionais, espirituais que estão associados a doenças graves. A gente sabe que a morte é um processo natural da vida. Mas, claro, os pacientes ficam com medo, ansiosos, depressivos diante deste contexto”, explica.
EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
Para os Cuidados Paliativos surtirem efeito, o Hospital de Cirurgia conta também com equipe multiprofissional, que, além de profissional de Enfermagem, é formada por assistente social, nutricionista, psiquiatra, farmacêutico, odontólogo, fisioterapeuta e psicólogo. “O trabalho da equipe é muito importante, pois ajuda no cuidado do paciente como um todo. Aqui no Cirurgia a gente dispõe desta equipe por justamente entendermos que um médico não faz nada sozinho”, reforça a Drª Paula Conceição.
A médica paliativista chama atenção que os Cuidados Paliativos direcionado ao paciente com câncer não busca somente dar assistência a aqueles em estágio terminal, quando o tratamento oncológico não surte mais efeito. “Inicialmente, de fato, tinha esse conceito de que era destinado às pessoas que estavam em fase final de vida, mas isso mudou”, afirma.
“Hoje em dia, Cuidados Paliativos são destinados a pacientes que têm uma doença que ameaça a continuidade da vida. Então, a doença que ameaça, não, necessariamente, será responsável pelo fim da vida do paciente. Além do mais, temos a missão de dar autonomia ao paciente para tomar, inclusive, decisões de como ele quer ser cuidado”, finaliza Drª Paula Conceição.
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